segunda-feira, 12 de março de 2012

Lugar certo mais errado possível

Vou juntando, ao poucos, os pequenos pedaços de mim espalhados por um chão infértil e desconhecido, o mesmo chão que tanto desejei que fizesse parte do meu pertencimento. Agora estou aqui, me tornando parte heterogênea da mistura de uma nova vida. Só, alheia, avulsa. Como posso não pertencer se nem ao menos existo? Estranha em meu antigo mundo, isolada em uma nova realidade, estou presa no segundo onde os ponteiros se tocam e um novo dia se forma, estou presa na brecha de passagem entre o passado e o futuro, mas isso nem ao menos é o presente. Estou onde supostamente deveria estar, no lugar certo mais errado possível, no topo de um universo que escorrega pelos meus dedos e se esvai. Fecho os olhos e sigo em frente, passeando no paraíso desconhecido...

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