sábado, 12 de novembro de 2011

Boa Noite

Entardecer. Bar do Camilo. Voz e violão. O misto das nuances do crepúsculo apertam meu coração, como quem quer abraçar e transmitir carinho, mas ainda assim machuca. A soma das melodias me aliviam, são elas que vão, aos poucos, me devolvendo o ar. Essa combinação, como uma experiência bem-sucedida, me presenteiam com a sensação que tanto procuro, mas que poucos momentos me proporcionam... A sensação de que me encaixo em algum lugar. Enquanto tudo vai fluindo naturalmente, eu paro e vejo as luzes da cidade se ascendendo ao meu redor. O tempo passa. O sorriso no rosto, no mesmo rosto que abriga a lágrima de saudade, saudade que inunda o copo. Cheio, o copo é virado e a quente bebida aquece o corpo, o corpo que dá vida às notas que causam o sorriso. E o ciclo não pára enquanto o relógio prossegue. As horas atravessam a noite e eu observo, participo, sinto. O rio reflete a lua, meu espírito reflete o rio. E, assim, as vidas vão prosseguindo...

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